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animes de Esportes

E ai meus sedentários preferidos, como cês tão? Bem? Vamos conversar um pouquinho sobre algo que vocês não devem estar muito familiarizados, já que passa a maior parte do tempo vendo anime? O brasileiro de maneira geral é completamente apaixonado por esportes, se duvidar você consegue encontrar pessoas torcendo até por futebol de botão. A paixão por eventos esportivos é tanta, que só dos anos 2000 para cá o país foi sede de três competições internacionais muito importantes, os jogos panamericanos de 2007 e as olimpíadas em 2016, ambas no Rio de Janeiro e copa do mundo de futebol em 2014, que atravessou o país (quem aí lembra da Alemanha?). Eita como torce o brasileirinho hein!?

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 Não é de se impressionar que animes de esporte façam sucesso com um povo tão apaixonado por torcer assim. Não é surpresa são os títulos que tiveram mais atenção por aqui, Captain Tsubasa, mais conhecido por aqui como Super Campeões, e Inazuma Eleven, que se popularizou como Super Onze na televisão brasileira. Onde Pelé era rei (apertem f nos comentários por favor), é claro que um desenho sobre um garoto que chuta bolas por amor faria sucesso né?

O ponto em comum entre os dois maiores sucessos por aqui é o esporte retratado, o futebol, mas apesar destes serem claramente os animes mais populares do sub-gênero do shounen, não são os únicos, tendo outros sucessos consideráveis no Brasil, como Slam Dunk e Haikyu!! (basquete e vôlei, respectivamente). É, o brasileiro faz mais do que dar uma bicuda na bola, a gente também sabe dar tapa e jogar ela!! 

Mas falar de esportes muito famosos seria fácil, então que tal falar de algumas coisas um pouquinho diferentes?? Eu prometo que no mínimo você vai dar boas risadas e conhecer 8 animes curiosos com essa lista, bora lá?

 

aaaah, só um pequeno parenteses. Os locais que indico disponibilidade dessas séries podem ser alterados por diversas questões, os streamings indicados foram os qu eeu encontrei Enquanto fazia a pesquisa para este material

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Salaryman’s Club (2022, 4.7 de 5, Crunchyroll)

É isso aí, a vida do jovem adulto não se resume apenas a comer porcaria, beber o que não deve e procrastinar. Uma hora os boletos batem na porta e você precisa ir trabalhar num escritório qualquer pra se sustentar e pagar as contas. Agora imagina você está lá, tendo sua vida medíocre e fazendo seu trabalho medíocre e aparece um maluco que só quer jogar peteca em paz??

 

É isso, Salaryman’s Club foi um bait completo pra mim, eu jurava que iria ver uma comediazinha leve, com aquela pitada de slice of life vendo jovens adultos sendo obrigados a trabalhar em um escritório e vivendo sua vidinha (isso foi uma projeção da minha parte? talvez sim), e recebi um anime de esporte. Até aí tava indo “tudo bem”, a minha reação inicial foi tipo “o Ryoma Echizen (The Prince of Tennis) não virou profissional e agora trabalha”, mas aí eu vi que ele tava indo pra uma quadra???

 

E aí que eu me toquei que eles jogam PETECA , que pra parecer mais sério e emocionante eles dão o nome de Badminton (okay o esporte realmente existe, isso foi só uma piadoca)… e sim isso é tão absurdo quanto parece, um anime que se chama clube dos assalariados ser sobre homens adultos jogando peteca, mas justamente essa mistura um tanto bizarra que faz tudo dar certo (sério, é muito engraçado ver os protagonistas olhando o cara que dirige um caminhão e pensando “você não tava jogando comigo ontem?”).

 

O equilíbrio entre momentos de treino e competições, com discussões sobre os novos produtos que eles precisam criar, ou problemas para fazer um evento da empresa são incríveis, cheios de analogias bregas misturando as duas áreas, e como as experiências de um desses dois mundos influenciam no outro. Pode não ter a melhor coisa que vai ver aqui, mas com certeza vai ser uma das experiências mais únicas da lista!

 

E fica aqui meu questionamento, como eles dividem uma quadra de 6 metros de largura para jogarem em duplas? Eu certamente ia tropeçar no meu parceiro, É MUITO PEQUENO CARA!!

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Yuri!!! on Ice (2016, 4.8 de 5, Crunchyroll)

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Eu juro que não teremos nada indecente por aqui, e nem um romance entre garotas, por mais incrível que pareça com um nome desses. “Sério, patinação no gelo? Eu moro na Amazônia, o mais próximo que eu cheguei de um lago congelado pra tentar algo do tipo foi com a geladeira congelada!”, mas calma aí, eu juro que tem um conteúdo interessante por aqui!

 

Primeiro, antes de qualquer coisa, a trilha sonora disso aqui é especialmente boa, diversos patinadores que aparecem durante a trama tem músicas originais na sua performance, e elas são bem boas.

 

O que me cativou dessa vez foi a ideia de não torcer pra um super talento, na verdade o protagonista Yuri (entendeu o nome do anime agora??) é bem mediano, sabe, mas por algum motivo “DESCONHECIDO” (tudo vai fazer sentido se você assistir!!) um patinador super famoso decide treinar o garoto.

 

Só que pelo visto esse ser enviado dos céus pra ajudar nosso querido protagonista tem algum problema com garotos jovens chamados Yuri, então ele tem OUTRO PUPILO COM O MESMO NOME, e com estilo completamente diferente do personagem principal… Se você já viu um pouquinho de animes que gostam de fazer um fanservice pras garotas você sabe onde isso vai parar. Eu garanto que toda essa dinâmica é bem divertida!

 

Mas sério, no fim das contas se você não gostar das apresentações, não tem muito o que te segure aqui, é uma das reclamações que eu já ouvi sobre isso é como seriam improváveis essas execuções e tudo mais, só que ele é bem pé no chão nesse sentido, tanto que, PASMEM!!! Em 2018 uma dupla de patinadores japoneses se apresentou com a música tema do anime e com uma coreografia bem inspirada em movimentos que aparecem na série. A arte imita a vida e a vida imita a arte, não é isso que dizem por ai?

Ballroom e Youkoso (2017, 8.18 de 10, sem distribuição oficial)

Esse aqui é um clássico dos plots pra animes de esporte, um protagonista que não manja nada daquele esporte e cai de paraquedas na coisa toda, e claramente isso não é preguiça do roteirista ou mangaka pra usar ele como muleta e explicar as coisas que a gente precisa saber sem parecer mais TÃO literal e expositivo… Okay okay, eu posso não gostar de como eles começam a história mas eu juro que melhora um bocado, e você não vai se sentir vendo a sua tia encalhada Gertrudes dizendo que vai pro baile dançar.

 

Aqui o que me cativou com certeza é a maneira como as danças e coreografias são mostradas, parece que deixaram na mão de um completo lunático decidir como seriam os ângulos de câmera, o cara usa coisas pouco convencionais que dão todo um charme especial, que funciona SUPER BEM com o design mais “alongado” dos personagens, eles são esguios e esticam os movimentos da dança por causa disso, dando uma sensação de profundidade e dramaticidade incrível.

 

Apesar de normalmente animes de esporte terem uma parte técnica muito bem feita, eu gostaria de destacar isso por aqui, já que o design dos personagens ( que é muito do que aparece no mangá de Ballroom), não é algo que “ajuda” por ser um tanto diferente, então manter tudo lindíssimo e bem animado é super complicado. Certamente é o tipo de anime que vai virar seu papel de parede! Infelizmente não dá pra aprender tanto quanto eu queria sobre dança de salão :(.

 

E por favor, tenham MUITA PACIÊNCIA com o troca troca (vai la quinta série, pode rir, eu deixo) de dupla do protagonista, EU PROMETO QUE VALE A PENA!!!!!!!!

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Free! (2018, 4.7 de 5, Crunchyroll)

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Esse é pras fanfiqueiras de plantão, e pra você aí que ficava vendo a natação nas olimpíadas só pra ver o povo com pouca roupa, pensa que eu não sei que você adorava ver o nosso campeão César Cielo todo molhado né? (de ÁGUA VIU? seus indecentes).

 

O protagonista aqui é uma batata que só quer saber de nadar (será que ele tem hiperfoco?), daqueles que é extremamente talentoso e se dá bem sem muito esforço. Todos os outros personagens dos principais (e o antagonista) seguem estereótipos bem comuns, seja o amigo maduro, o engraçadinho atrapalhado, o excêntrico ou o rival com visual edge que é super agressivo ao mesmo tempo que muito forte (eu juro que ele realmente tem um visual “afiado”).

 

Os personagens são MUITO gostáveis, e isso ajuda a carregar a trama como um todo! As músicas de abertura e encerramento são incríveis (eu to vendo o Kpopper dentro de vocês querendo fazer as coreografias, viu?) e ajudam a fidelizar quem assiste.

 

O que eu vou dizer agora vai te convencer de vez ou te fazer pular pro próximo título, mas Free! é EXTREMAMENTE melodramático, sério cara! Eles levam tudo muito, demais mesmo, a sério… até parece que a existência do universo depende da competição que eles estão participando (é, eu to olhando pra você mesmo Super Onze).

 

Por fim, eu gosto do estilo de animação usado em Free!, talvez seja o que mais me agrada até aqui, tudo com esse traço e jeito de fazer as coisas fica bonito, sério!!! (Se você quer algo pra te deixar curioso, se isso não aconteceu até agora, os personagens aqui não tem mamilos e isso me tirava umas boas risadas às vezes!!)

Músculo Total - Kinnikuman Nisei (2004, 6.91 de 10, sem distribuição oficial)

VILÕES DO ESPAÇO VIERAM AVISAR, QUE A RAÇA HUMANA QUEREM LIQUIDAR, LUTADORES QUEREM RESGATAR A PAZ, COM FORÇA AGILIDADE E MUITO GÁS!!!!

 

Okay, desculpa ai gente, mas sério, a abertura disso aqui é maravilhosa! Eu conheço pessoas que apagaram completamente a estética disso da memória, mas no momento que ouviram a música veio tudo à tona.

 

Esse me marcou muito quando criança e acho que talvez tenha sido um dos motivos de ter me apegado tanto a fórmula de animes esportivos (obviamente junto com Captain Tsubasa e Inazuma Eleven). Isso aqui é totalmente pastelão, é cheio de humor gráfico e com piadinhas MUITO japonesas, o que é ótimo se você gosta desse tipo de humor? ( eles derrotam um lutador tênis humanoide jogando um cocô alienígena nele, enquanto tem toda uma história dramática sobre como uma criança perdeu seus tênis novos pisando num treco desse na infância).

 

É colorido, os designs de personagem sãos completamente bizarros como dá pra perceber pela existência de um lutador com formato de tênis (e eu juro que tem coisa pior), o que também cria aquela sensação de “isso vai da muito certo ou muito errado”, e pra mim ao menos deu super certo.

 

Ele tem aquela coisa meio luta livre com comédia que torna tudo muito engraçado, e é o tipo de anime que você vai chegar em casa depois de um dia difícil e vai colocar pra passar, sem ter que pensar muito e só soltar um arzinho pelo nariz enquanto assiste. Ele não te promete muito, apenas umas risadas e uma trama minimamente funcional, e entrega EXATAMENTE ISSO, o que faz ele ser INCRÍVEL!!!

 

E sério, quem não adorar o ajudante do protagonista que é quase uma versão dele do Mini Me de Austin Powers (é rapaz, nem só de animes vive o homem, também consumimos filmes de qualidade duvidosa), ta completamente maluco das ideias, ele ótimo!

 

Aaaah!! Fica a curiosidade, Músculo Total é um spin-off do anime e mangá Kinnikuman, que teve seu início no fim da década de 70, onde acompanhamos o filho do protagonista da obra original, mas que ao contrário do seu pai, que é uma lenda da luta livre, super poderoso e corajoso, esse aqui é um completo covardão, e isso é dito pela própria abertura do anime!!!

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Yowamushi Pedal (2014, 4.8 de 5, Netflix, Crucnhyroll e Prime Video)

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E você aí pensando que era o único que sofria andando de bicicleta né? Ao menos agora vai poder falar que é pra se parecer com um dos personagens desse anime aqui, e já já vai começar a participar de corridas também!!!

 

O título é mais um que tem como protagonista um novato no esporte, e por isso o começo da trama é meio lento (sim, isso foi um trocadilho muito ruim… me desculpe, mas eles vão continuar). E o nosso querido personagem principal, Onoda Sakamichi, é um otakinho bem estereotipado, tipo você aí que tá lendo isso, então realmente pode ser um ótimo incentivo pra você juntar um grupo de amigos e dar uma pedalada por aí!!

 

O mais divertido por aqui é o desenvolvimento dos personagens, que é super bem feito desde o princípio, seja do principal, dos coadjuvantes ou até do “vilão” da primeira temporada, sério é muito divertido acompanhar essa evolução e ir descobrindo aos pouquinhos o que se passa na cabeça de cada membro daquele grupo.

 

Mais do que qualquer outra animação dessa lista, o que mais cativa por aqui é essa boa construção da equipe, que usa sim de alguns clichês pra isso, mas bom, se essas artimanhas de roteiro e direção viraram clichês é porque elas dão certo não é mesmo?

 

E é sério, apesar de ser possível perceber eles vindo, são bem executados e feitos de uma maneira que não incomoda nadinha na experiência. Talvez sejam os personagens mais legais de se acompanhar de toda a lista, são muito carismáticos e bem construídos. Assistir Yowamushi parece um passeio de bicicleta no parque, num domingo à tarde… OKAY EU VOU TENTAR PARAR (mentira não vou não, vocês que me aguentem).

Megalobox (2018, 4.7 de 5, Chrunchyroll e Netflix)

Okay, o outro anime com lutinha era mais difícil de evitar que você tentasse replicar, mas esse aqui é um pouco mais difícil, pois ele é extremamente baseado no boxe, tal qual temos no nosso mundinho aqui. Então eu te peço, PELO AMOR DE DEUS NÃO SOCA O COLEGUINHA DEPOIS DE VER ISSO AQUI. Aviso dado, podemos começar.

 

Megalobox tem um festival de referências para outros animes e mangás que retratam esse esporte ao longo dos anos, em especial Ashita no Joe ( sabia que esse anime foi feito para comemorar os 50 anos da série?). Claro que algumas referências a outras obras importantes como Hajime no Ippo, que é uma das obras mais importantes e duradouras da indústria de animes como um todo.

 

Se você diz que anime feio não dá pra ver, esse aqui veio especialmente pra te satisfazer, poucas vezes eu vi um anime tão bom do ponto de vista técnico, o design é lindo, a animação fluida, com boa fotografia, trilha sonora, tudo mesmo. Eu posso não gostar tanto de algumas escolhas artísticas feitas por aqui, mas do ponto de vista TÉCNICO isso Megalobox é MARAVILHOSO!

 

Ele também oferece a história mais séria e profunda dentre todos os citados nessa lista, abordando temas como imigraçrão e o preconceito com estrangeiros, diferenças sociais, principalmente de classe econômica entre outros temas (COMUNISTA!!!), e faz isso de um jeito bem legal considerando que é um anime de esporte e sei lá, eu nem consigo me lembrar outra vez que vi algo dessa forma, bem aprofundada e construída (claro que pinceladas sobre isso surgem, mas como o feito aqui é bem raro).

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Shokugeki no Soma (2015, 4.7 de 5, Crunchyroll e Netflix)

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Tudo bem, você me pegou, talvez eu esteja roubando um pouquinho, competições culinárias não são exatamente um esporte, mas eu prometo pra você que isso aqui vai valer a pena, e você vai aprender a cozinhar alguma coisa no fogão que não seja miojo ou comida congelada no microondas.

 

É ótimo ver o esteriótipo de protagonista super incrível e de bom coração, que aqui é subvertida com um verdadeiro gênio do mal interno (é sério, toda vez que esse cara tenta fazer um prato novo surgem completos absurdos).

 

Confesso que os personagens não são tão bons, eles flutuam bastante, tem alguns bem cativantes (normalmente os adversários, rivais ou antagonistas), mas os amigos mais próximos do protagonista só um ou dois realmente são interessantes e fazem você se conectar a eles.

 

Agora uma coisa que é interessante pensar é como seria ter um cozinheiro amazônico aqui dentro desse anime, e aí você me pergunta “mas por qual razão macho?” e eu te respondo prontamente: Sabe aqueles animes que levam o seu esporte que parece algo simples, como a coisa mais importante do planeta, capaz de destruir países inteiros e até acabar com o universo? é quase isso que acontece aqui!

 

Okay, eu exagerei um pouco, mas a trama se passa em uma escola que toda e qualquer disputa pode ser resolvida na cozinha. Alguém te chamou de feio? vamos ver quem é feio, fazendo o melhor macarrão. Seu perfume me incomoda? se meu peixe for melhor que o seu você joga isso fora. Você faz bullying comigo? Se eu fizer uma sopinha melhor você sai da escola.

 

Eu juro que isso parece um dramalhão, mas é ótimo e alguns dos confrontos são maravilhosos e com justificativas um tanto esdrúxulas, o que só melhora o ar da obra, que tem um ótimo senso de humor (sério, o protagonista é aceito na escola onde a história se passa depois de fazer o melhor ovo do universo).

 

Se você já viu Yu-Gi-Oh!, a dinâmica dos desafios culinários é muito parecida, com cada um tentando antever o prato do outro e fazer algo que pegue o adversário no contrapé, surpreendendo também os juízes. As reviravoltas e tensão criadas são maravilhosas e realmente te deixam super apreensivo sobre o resultado. Só tenho mais uma coisa a dizer, as reações dos personagens ao provar as comidas são incríveis e extremamente divertidas, quer saber como elas são e o motivo de divertirem tanto? Vai lá assistir!!

 

E isso ai galera, por hoje a gente fica por aqui, espero que alguma dessas recomendações faça você tirar a bunda do sofá um pouco e ir exercitar esse seu corpinho esférico, até a próxima viu!!

BOM, ESSE É O MEU TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO.

OBRIGADO POR ME ACOMPANHAR ATÉ AQUI! 

qUEM SABE VOCÊ NÃO POSSA VER MAIS DO MEU TRABALHO NO FUTURO!

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